terça-feira, 31 de maio de 2011

Manifestos referentes à arquitetura:

Primeiro Manifesto:

     Exigia um novo equilíbrio ente o individual e o universal, além da libertação da arte tanto das coerções da tradição quanto do culto da individualidade. Buscava uma cultura que transcendesse a tragédia do individuo através de sua ênfase em leis imutáveis.

De Stijl (1918)

I. Há dois conhecimentos dos tempos; um antigo e um novo. O antigo se dirige para o individualismo. O novo se dirige ao universal. A luta do individual contra o universal se revela tanto na guerra mundial quanto na arte de nossa época.
II. A guerra destrói o mundoantigo com o seu conteúdo: a dominação individual sob todos os pontos de vista.
III. A arte nova atualiza o que está contido no novo conhecimento dos tempos: proporções iguais do universal e do individual.
IV. O novo conhecimento dos tempos está prestes a se realizar em tudo, mesmo na vida exterior.
V. As tradições, os dogmas e as prerrogativas do individualismo (o natural) se opõem a esta realização.
VI. O objetivo da revista de arte De Stijl é apelar para todos aqueles que acreditam na reforma a arte e da cultura para aniquilar tudo o que impede o desenvolvimento, do mesmo modo que fizeram no campo da arte nova, suprindo a forma natural que contraria a própria expressão da arte, a consequência mais alta de cada conhecimento artístico.
VII. Os artistas de hoje tomaram parte na guerra mundial no domínio espiritual, impelidos pelo mesmo conhecimento contra as prerrogativas do individualismo: o capricho com todos aqueles que combatem espiritualmente ou materialmente para a formação de uma unidade internacional na Vida, na arte e na Cultura.
VIII. O órgão De Stijl, fundado com esse fim, dispende todos os seus esforços para tornar clara a nova idéia da vida. A colaboração de todos é possível pelo: envio do nome, endereço, profissão à nossa redação, como prova de assentimento: contribuições (críticas, filosóficas, arquiteturais, científicas, literárias, musicais, etc., assim como reproduções fotográficas) para o periódico mensal De Stijl; tradução em todas as línguas e publicações das idéias publicadas em De Stijl.

Assinatura dos colaboradores:
Theo van Doesbug, pintor/ Robt van't Hoff, arquiteto/ Villmos Huszar, pintor/ Antony Kok, poeta/ Piet Mondrian, pintor/ G. Vantongerloo, escultor/ Jan Wils, arquiteto.


Quinto manifesto

De Stijl (1923)

Para uma construção coletiva
I. Trabalhando coletivamente, examinamos a arquitetura como unidade criada de todas as artes, indústria, técnica, etc., e descobrimos que a consciência disso seria um novo estilo.
II. Examinamos as leis do espaço e suas variações infinitas (isto é, as contrastes de espaço, as dissonâncias de espaço, os complementos de espaço, etc.)., e descobrimos que todas essas variações do espaço devem ser governadas como uma unidade de equilíbrio.
III. Examinamos as leis da cor no espaço e na duração e descobrimos que as relações equilibradas desses elementos dão enfim uma unidade nova e positiva.
IV. Examinamos a relação entre o espaço e o tempo, e descobrimos que o aparecimento desses dois elementos através da cor produz uma nova dimensão.
V. Examinamos as relações recíprocas da medida, da proposição, do espaço, do tempo e dos materiais, e descobrimos o método definitivo de construí-los como uma unidade.
VI. Pelo rompimento da caixa fechada (os muros, etc.) acabamos com a dualidade do interior e do exterior.
VII. damos à cor seu verdadeiro lugar na arquitetura e declaramos que a pintura separada da construção arquitetural (isto é, o quadro) não tem nenhuma razão de ser.
VIII. A época da destruição está totalmente superada. Uma nova época começa, a da construção.

Paris192, Van Eestenen/Theo van Doesburg/ G. Rietveld.

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