O movimento chega ao seu fim quando a incessante atividade polêmica de Van Doesburg faz com que se perca a unidade inicial, modificando o cânone neoplástico. A partir de sua associação com Lissitsky, ele passara a situar a estrutura social e a tecnologia entre os principais determinates da forma, a despeito de quaisquer preocupações que ainda pudesse ter com o ideal do De Stijl acerca de uma harmonia universal. Se deu conta de que a universalidade só pderia produzir uma cultura artificialmente delimitada que, por sua aversão aos objetos do cotidiano, só tendia a voltar-se contra a preocupação inicial do De Stijl com a unificação de arte e vida. Começa a argumentar que o mobiliário devia ser aceito como objeto banal da cultura mas o ambiente em si deveria ser criado de acordo com uma ordem mais elevada.
“Estabelecemos o verdadeiro lugar da cor na arquitetura, e declaramos que a pintura, sem a construção arquitetônica não tem mais razão de existir.” Doesburg
Rietveld afastou-se do elementarismo da casa Schröder e do mobiliário ortogonal e voltou-se para soluções mais objetivas que decorriam da aplicação da técnica. Redesenhou os assentos e espaldares de suas cadeiras como planos curvos.
Os artistas ligados ao De Stijl deixaram-se influenciar pela Neue Sachlichkeit, o que os levou a submeter-se aos valores culturais do socialismo internacional. Por volta de 1930, o ideal neoplástico de unir as artes e transcender a divisão entre arte e vida já haviam sido abandonados e os artistas voltaram às suas origens na pintura abstrata. Apenas Mondrian permaneceu fiel aos princípios estritos do movimento, com o ortogonal e as cores primárias mas continuou a representar a harmonia de uma utopia irrealizável. Nas palavras dele:
“ A arte é apenas um substituto enquanto a beleza da vida ainda for deficiente. Vai desaparecer proporcionalmente, à medida que a vida ganhar em equilíbrio.”
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